Poodle

O Poodle é uma raça antiga, com registros históricos que remontam a séculos passados em diferentes regiões da Europa. Sua origem exata, no entanto, ainda é tema de debate entre especialistas.

Enquanto muitos estudiosos — incluindo a Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) — reconhecem a França como país de origem, outros apontam a Alemanha como o possível berço da raça.

Na tradição francesa, acredita-se que o Poodle tenha se desenvolvido a partir do Barbet, um cão de caça aquático com o qual compartilha várias características físicas e comportamentais.

Durante o século XVIII, Barbet e Poodle passaram a ser oficialmente diferenciados. A partir dessa seleção, surgiram cães com pelagem mais uniformes, temperamento mais refinado e aparência que conquistou a aristocracia europeia. Em 1743, a raça foi registrada na França como “Caniche”, termo que faz referência à caça de aves aquáticas.

Por outro lado, há evidências de que o Poodle também tenha raízes germânicas. Na Alemanha, era conhecido como "Pudel", termo derivado da palavra puddeln, que significa “saltar na água” — uma referência direta à sua antiga função como cão de caça aquático.

Apesar dessas divergências históricas, o primeiro registro oficial da raça foi feito em 1874, pelo Kennel Club of England. Desde então, o Poodle se espalhou pelo mundo, ganhando destaque tanto em exposições quanto como cão de companhia.

Ao longo do tempo, a raça ganhou variações de tamanho — Standard, Médio, Miniatura e Toy — e deixou de ser apenas um cão de trabalho, tornando-se símbolo de inteligência, elegância e versatilidade.

No Brasil, o Poodle brilhou nas décadas de 1980 e 1990, período em que se manteve como a raça mais presente nos lares. Embora hoje tenha perdido um pouco da popularidade do auge, ainda figura entre as mais registradas na Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) e segue presente nas principais exposições do país.

O Poodle é um cão alegre, inteligente, brincalhão e extremamente companheiro. Está sempre por perto, participa da rotina com entusiasmo e se adapta facilmente a diferentes estilos de vida — seja em apartamentos compactos ou casas com quintal.

Sua inteligência notável o torna um cão que aprende comandos com rapidez e responde muito bem ao adestramento baseado em reforço positivo. Além de esperto, o Poodle é sensível e afetuoso, valorizando — e muito — o carinho e a atenção dos tutores.

A versatilidade é uma das marcas da raça. O Poodle Miniatura, por exemplo, é o mais ativo e cheio de energia, precisando de passeios, brinquedos e estímulos diários para manter o equilíbrio físico e mental. A falta de atividades pode levar a comportamentos indesejados, como latidos excessivos ou ansiedade.

Já o Poodle Standard tende a ser mais protetor e atento, enquanto o Toy costuma ser mais apegado, animado e dependente da presença do tutor. Mas, independentemente do porte, todos mantêm um temperamento equilibrado, sociável e extremamente fiel.

Com boa socialização desde filhote, o Poodle convive bem com crianças e outros animais. É um cão que gosta de agradar, está sempre disposto a aprender e encanta com sua elegância, inteligência e personalidade única.

Já foi cão de guerra

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Exército dos Estados Unidos classificou o Poodle como uma das 32 raças aptas para atuar em missões militares. Inteligente, obediente e versátil, ele foi treinado para entregar mensagens, localizar feridos e até realizar pequenas tarefas estratégicas em campo.

Uma raça querida pelas celebridades

Ao longo das décadas, o Poodle conquistou muitos corações famosos. Elvis Presley, Elizabeth Taylor, Marilyn Monroe, Jackie Kennedy, Lucille Ball e até Walt Disney foram tutores da raça, que se destacou por sua elegância e companheirismo.

Do topo à queda nos rankings brasileiros

Na década de 1990, o Poodle era a segunda raça mais popular do Brasil, atrás apenas dos cães sem raça definida (SRD). Em 1997, foram registrados mais de 3 mil exemplares na CBKC. Em 2022, esse número caiu para pouco mais de 500. A queda de popularidade levanta a pergunta: o que aconteceu com os Poodles?

Tosa com propósito funcional

A famosa "tosa leão", muito vista em exposições, tem origem funcional. Ela foi criada para proteger as articulações e os órgãos vitais do cão durante mergulhos em águas frias — afinal, o Poodle era usado como cão de caça aquático.

O Poodle já foi exibido em circos

Durante os séculos XVIII e XIX, o Poodle foi um dos protagonistas de espetáculos circenses na Europa. Sua inteligência, obediência e visual marcante o tornam ideal para apresentações com truques, fantasias e até danças coreografadas. Um verdadeiro artista de quatro patas!

A dieta do Poodle precisa ser completa, equilibrada e adaptada às necessidades da raça, que pode apresentar tendência à obesidade, sensibilidade digestiva e problemas articulares, especialmente nas variações Miniatura e Standard.

Por isso, na hora de escolher a melhor ração, o tutor deve considerar fatores como porte, idade, nível de atividade física e predisposições de saúde. Uma fórmula bem equilibrada pode prevenir doenças comuns da raça, melhorar a qualidade da pelagem e garantir mais bem-estar ao longo da vida.

O mais indicado é investir em rações Super Premium, que oferecem ingredientes de alta qualidade, são mais palatáveis e têm excelente absorção de nutrientes.

Nutrientes essenciais para o Poodle

Confira os principais nutrientes que não podem faltar na dieta do seu Poodle — e os benefícios específicos que oferecem à raça:

• Proteínas de alta digestibilidade: mantêm a massa muscular sem sobrecarregar o sistema digestivo, especialmente importante para Poodles ativos e em crescimento.

Ao oferecer uma dieta com esses nutrientes, você não apenas supre as necessidades básicas do Poodle, mas também atua preventivamente contra problemas comuns da raça, promovendo saúde, vitalidade e longevidade.

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A pelagem do Poodle é uma das mais emblemáticas do mundo canino. Encaracolada, densa e de crescimento contínuo, exige uma rotina rigorosa de higiene e tosa para garantir conforto, saúde e beleza ao pet.

Mas os cuidados com o Poodle vão além da pelagem: envolvem banho, escovação dental, limpeza das orelhas e atenção especial às patas.

Tosa para Poodle

A tosa do Poodle não tem apenas função estética. Ela é essencial para manter a pelagem desembaraçada, a pele saudável e evitar o acúmulo de sujeiras que favorecem dermatites, por exemplo.

A frequência recomendada é a cada 30 a 45 dias, sempre com um profissional especializado. Entre os estilos mais comuns estão:

• Tosa bebê (ou filhote): prática e confortável, deixa o pelo curto e uniforme, ideal para o dia a dia.

É essencial manter a região das almofadas plantares e palmares livres de pelos. Isso evita escorregões, acúmulo de umidade e o desenvolvimento de doenças causadas por fungos e bactérias.

Escovação diária

Diferente de outras raças, o Poodle não solta pelos com facilidade. No entanto, isso faz com que os fios mortos fiquem retidos na pelagem, favorecendo a formação de nós. Por isso, escovar o pelo todos os dias é essencial.

Utilize uma escova do tipo rasqueadeira (escova com cerdas finas e flexíveis), que penetra nos cachos sem machucar a pele, e complemente com pente de aço fino para regiões mais delicadas ou propensas a embolar.

Banho regular

O ideal é dar banho no Poodle uma vez por semana ou, no máximo, a cada 10 dias. Utilize sempre shampoos próprios para cães de pelagem encaracolada ou pele sensível. A secagem deve ser completa e cuidadosa: pelos úmidos favorecem mau cheiro, dermatites e fungos.

Higiene bucal

A escovação dos dentes deve ser feita pelo menos três vezes por semana, com creme dental específico para pets. Esse hábito previne o tártaro, o mau hálito e até doenças cardíacas relacionadas à saúde bucal.

Cuidados com as orelhas e ouvidos

Por ter orelhas pendentes e canal auditivo mais fechado, o Poodle tem maior predisposição à umidade na região — o que favorece infecções como a otite externa.

A limpeza deve ser feita semanalmente com solução auricular recomendada pelo veterinário, usando apenas gaze ou algodão (sem hastes). Em alguns casos, o profissional pode indicar a retirada leve dos pelos da parte interna da orelha, para melhorar a ventilação local e prevenir inflamações.

O Poodle é uma raça resistente e com ótima expectativa de vida, mas ainda assim pode apresentar predisposição genética a algumas doenças específicas.

Por isso, manter uma rotina de cuidados preventivos, visitas regulares ao veterinário e uma alimentação equilibrada é fundamental para garantir o bem-estar do seu pet.

Quais são os problemas de saúde mais comuns em Poodle?

Entre as condições mais comuns na raça, estão:

• Displasia coxofemoral: afeta principalmente Poodles de porte médio e grande, comprometendo a articulação do quadril.

Tutores, uma dica especial é ficar atento a sinais como claudicação (dor ou dificuldade para caminhar), coceira excessiva, secreção nos ouvidos, mau hálito, lacrimejamento constante ou mudança no comportamento.

Se notar qualquer um desses sinais no seu Poodle, procure um médico-veterinário. Quanto antes o diagnóstico for feito, maiores são as chances de tratamento eficaz e prevenção de complicações.

Controle de vermes, pulgas e carrapatos

Além das vacinas, o protocolo de vermifugação e antiparasitários precisa ser feito com frequência. Devido à pelagem densa, os Poodles podem demorar a apresentar sinais de infestação, o que torna a prevenção ainda mais importante.

O controle pode ser feito com comprimidos antipulgas e vermífugos, pipetas tópicas e até coleiras repelentes. Além disso, é fundamental manter o ambiente sempre limpo e higienizado para afastar parasitas e evitar reinfestações.

Exercícios e ambiente ideal para o Poodle

O Poodle é naturalmente ativo e inteligente, e precisa de estímulos físicos e mentais diários para se manter equilibrado e saudável. Por isso, inclua passeios regulares e atividades dentro de casa — principalmente se ele vive em apartamento.

Mesmo em lares com quintal, o tutor não deve contar apenas com o espaço disponível. O ideal é propor caminhadas diárias e interações estimulantes, já que o Poodle adora explorar ambientes, brincar e estar próximo da família.

Porém, atenção: não é indicado fazer passeios nos horários mais quentes do dia (entre 10h e 17h), especialmente com os Poodles de pelagem escura, que podem sofrer mais com o calor.

A importância do enriquecimento ambiental

O enriquecimento ambiental é fundamental para manter o Poodle mentalmente estimulado e emocionalmente equilibrado. Como é uma das raças mais inteligentes do mundo, ele precisa de desafios e ocupações diárias.

Brinquedos interativos, comedouros recheáveis, jogos de olfato, treinos rápidos com petiscos e obstáculos leves são ótimas opções para manter o pet ativo, curioso e feliz dentro de casa.

Esses estímulos ajudam a evitar o tédio, a frustração e até comportamentos indesejados, como:

• latidos excessivos;

Se o Poodle vive em casa com quintal, é importante garantir um ambiente seguro, com boa ventilação, entrada de luz solar e piso com boa aderência.

Esse último cuidado é muito importante, pois pisos muito lisos, como cerâmica ou porcelanato, aumentam o risco de escorregões, principalmente em cães idosos ou com predisposição a problemas ortopédicos, como a luxação de patela.

Tapetes emborrachados ou pisos antiderrapantes são ótimos aliados para evitar acidentes e dar mais segurança ao pet durante as brincadeiras ou deslocamentos.

Manter a carteirinha de vacinação em dia é essencial para proteger o Poodle contra doenças graves como cinomose, parvovirose, hepatite, leptospirose e raiva.

O cronograma vacinal deve seguir a orientação do veterinário, considerando idade, histórico e estilo de vida do pet. Confira abaixo as principais vacinas e seus reforços para cachorros.

Se quiser saber mais sobre vacinas para cães, confira nosso guia completo e saiba como proteger o seu Poodle!

O Poodle está entre as raças mais fáceis de adestrar. Sua inteligência acima da média e o desejo de agradar o tutor fazem com que ele aprenda comandos com rapidez, principalmente quando o treino é feito com dedicação, paciência e consistência.

Apesar de obediente, o Poodle pode demonstrar teimosia em alguns momentos, especialmente quando está entediado ou sem estímulo suficiente. Por isso, o ideal é investir em treinos curtos, divertidos e que associam o aprendizado a recompensas, como petiscos, elogios ou brinquedos.

Outro ponto importante é a socialização. Apresentar o filhote desde cedo a diferentes ambientes, sons, pessoas e outros animais é fundamental para evitar comportamentos ansiosos, possessivos ou reativos na fase adulta.

Se o tutor for iniciante ou quiser potencializar os resultados, contar com o apoio de um adestrador profissional pode fazer toda a diferença. O especialista pode ajudar com comandos de obediência, controle de ansiedade e até corrigir problemas como latidos excessivos, insegurança ou dificuldade de foco.