Anti-hipertensivos para gatos

Os anti-hipertensivos para gatos são usados com o objetivo de reduzir a pressão arterial dos felinos. No entanto, há uma grande variação individual no tratamento de hipertensão, no qual a pressão alta pode ser causada por alguma doença subjacente.

Isso acontece, porque essa doença pode acometer gatos direta (hipertensão primária) ou indiretamente (hipertensão secundária). Para entender melhor sobre esse medicamento e suas indicações, continue a leitura e confira.

Como identificar a hipertensão em gatos?

A hipertensão felina é um quadro clínico resultante de outra situação clínica. Por exemplo, a doença renal crônica em gato causa uma hipertensão secundária. Contudo, embora sejam poucos casos, também podem ser diagnosticados em gatos.

Para identificar essa doença, é preciso se atentar a alguns sinais em órgãos específicos do gatos, como:

• Olhos: quando o gato é afetado pela hipertensão, pode acontecer sangramento nos olhos do animal, acompanhado de inchaço e deslocamento, que pode acarretar danos na visão felina, levando até à cegueira;
• Cérebro e sistema nervoso: aqui são áreas que podem ser afetadas pelo sangramento. Esse caso é mais delicado, pois ocorrem sintomas neurológicos de comportamento estranho, demência, coma e convulsões;
• Coração: um gato com hipertensão desenvolve, com o tempo, uma espessura maior no ventrículo esquerdo do coração (responsável pelo bombeamento do sangue). Quando o gato está com pressão alta, ele precisa trabalhar mais rapidamente. Nos casos mais avançados, pode provocar insuficiência cardíaca, deixando o gato com falta de ar e letargia;
• Rins: são alguns dos órgãos mais afetados no gato hipertensivo, podendo até desenvolver insuficiência renal. Inclusive, os gatos que já têm doenças renais sofrem de hipertensão.

Após esses sinais serem identificados, é preciso urgentemente levar o animal ao veterinário, assim, ele poderá ser avaliado por meio de exames.

Como usar os anti-hipertensivos para gatos?

Como foi dito anteriormente, a hipertensão secundária é a que mais afeta os felinos. Dessa forma, gatos com doença renal crônica, doença cardíaca, cegueira e problemas neurológicos podem ter maiores chances de serem afetados pela hipertensão subjacente.

Em todo caso, o tratamento é feito com o uso de anti-hipertensivos para gatos que atuam no corpo do animal, reduzindo a pressão arterial. Veja a seguir alguns desses medicamentos.

Antihipertensivo Petpril Gatos Agener

Esse medicamento é um vasodilatador à base de maleato de enalapril para gatos. É indicado para o tratamento de hipertensão arterial sistêmica e renal. Normalmente, serve para gatos com peso de 5 kg afetados por cardiomiopatia hipertrófica, insuficiência cardíaca e hipertensão arterial sistêmica e deve ser administrado via oral entre 0,25 a 0,5 mg por kg de cada peso corporal felino em cada 12 a 24 horas.

Fortekor Elanco Insuficiência Renal

É indicado para o tratamento da insuficiência renal crônica em gatos. Desenvolvidos pela Elanco, o cloridrato de benazepril é o princípio ativo do Fortekor. Diminui a perda de proteína pela urina e reduz a pressão sanguínea intraglomerular.

Além disso, esse fármaco aumenta o apetite do animal, dá mais qualidade de vida e proporciona longevidade. Com a administração oral, a dose de cada é de 0,5 mg para cada quilo uma vez ao dia. Não é recomendado oferecer em fêmeas gestantes, em fase de lactação ou em filhotes. Desse modo, antes de medicar o seu pet, consulte um médico veterinário.

Como descobrir se o gato está com pressão alta?

No geral, a avaliação da pressão arterial deve ser incluída a partir de exames clínicos de rotina em gatos acima dos 7 anos. Como não se trata de apenas uma doença, e sim um quadro clínico, é recomendado que o diagnóstico de pressão alta seja avaliado também em gato, doença renal crônica, hiperdioterismo entre outros.

Muitos centros veterinários já dispõem de técnica e equipamentos aprimorados para medir a pressão arterial. Esse equipamento é parecido com aqueles usados em humanos, que contêm um manguito inflável colocado em torno de um dos membros, geralmente nas patas dianteiras ou na cauda. Esse procedimento é muito rápido e não causa dor nos felinos. Normalmente, os gatos não ficam alterados.

Do mesmo modo, é importante analisar quais os quadros de hipertensão que afetam o paciente, visto que elas precisam ser adequadamente monitoradas e tratadas como em casos de problemas oculares. Por isso, há uma grande variação individual no que se refere ao tratamento feito por anti-hipertensivo para gatos, isso porque, em alguns casos, o animal pode demorar para estabilizar sua pressão arterial.

Como suceder após o tratamento com anti-hipertensivos para gatos?

Como já sabemos, qualquer doença precisa ser idealmente monitorada durante o tratamento. Isso não é diferente quando se trata de medicações da hipertensão. Assim, é possível analisar quaisquer anormalidades. Lembrando que isso se aplica em casos de hipertensão primária e secundária.

Nos casos de hipertensão primária, que se trata de pressão alta sem outra doença de base que tenha causado, o medicamento é capaz de controlar a hipertensão, evitando problemas futuros. Já na hipertensão secundária, é preciso avaliar mais um pouco o tratamento, pois é um caso dependente do motivo e da gravidade da doença que causou a pressão alta.

Resumidamente, todos os casos precisam ser monitorados, ainda que seja de curto ou longo prazo, mas com foco em evitar qualquer problema posterior. Agora que você já sabe como usar os anti-hipertensivos para gatos e como acompanhar o tratamento, não deixe de conferir no blog da Cobasi. Veja como funciona o tratamento de insuficiência renal em gatos.